quarta-feira, 23 de junho de 2010

Espelho.


Vejo uma menina que se aproxima dos 18. Um pouco baixa, meio gordinha. Olhos grandes que expressam suas dúvidas, seus problemas, sua confusão. Um bonito e curioso brilho em seu olhar, o único, que tem endereço certo, pra mostrar que ela não está sozinha, ainda resta uma esperança ou um certo alguém. Em suas costas, o peso de uma responsabilidade que não deveria lhe pertencer, mas que 'herdou' e não teve como recusar. Não têm como recusar desde os 10 anos de idade. Do seu lado direito, eu vejo dois pequenos. Não querem seu mal. Às vezes são sua fortaleza, por outras, a enfraquecem. Jamais deixarão de ser seus pequenos, seus irmãos, seus filhos. Um pouco mais atrás, observando seus passos, uma pessoa que pensa como ela, porém nada mais pode fazer, está de mãos atadas e envolto em problemas maiores, mas continua apoiando tudo o que quer fazer. É chamado por ela, carinhosamente, de paizinho. Na verdade é um paizão! Ao lado esquerdo, por coincidência o lado do coração, a sua felicidade, um motivo pro esforço, dedicação, felicidade. É como se tivesse uma outra vida desse lado, uma nova oportunidade de bons momentos, diga-se de passagem, uma oportunidade bem aproveitada. Um amor eterno. É culpa desse lado, se hoje ela sorri. Sorri e espera perdidamente por um final feliz.

"Alguém que te faz sorrir
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Quando você precisar"
(Fresno)

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